quinta-feira, 5 de abril de 2012

Amar doe



Amar doe

Amor que doe
doído roe 
a camada da emoção

Dor incomum devasta e assola
enraíza e aflora 
incomoda o coração

Dor que punge, corta, retalha
que a alma esmigalha 
na cruel solidão

Dor que afeta o afeto 
que afere o desejo
culmina em satisfação

Dor necessária que completa a vida
que maior dor seria
não podê-la sentir

Dor que em peito 
manifesta com efeito
a supremacia do existir

Amar doe...
mas sou masoquista
em dor vou vivendo este amor
de amor vai doendo a conquista.


Nadja Matoso – Delatora 

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