quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Flores da existência



 Flores da existência
Os anos irão se passar, e irei eu percorrer a vida com a única certeza: possuirei flores, não em vasos soberbos, trazendo sofreguidão ao jardim, retraindo-lhe a liberdade, quando o que me oferecem é beleza e suavidade ao coração, mas irei cultiva-las em lugar honra, me ferirão seus espinhos eu sei, defendendo-se de meus apegos em exceção, mas o perfume me servira por balsamo, me adentrando as narinas por doses efetivas de consolação. 

Bendigam as rosas todos que podem contemplá-las, benditos são ao que as tem ao redor, porquanto são sublimes, suas pétalas me cobrem de amores, seus odores me alimentam os sonhos, seus espinhos me refazem quando me ensoberbeço desvanecida.
Ora estas flores possuem atributos distintos, algumas são companhia diária, outras completam meus momentos seletos, ainda outras me seguirão ao túmulo perfumando o caminho para a nova vida, mas há um rosa que sempre carrego no lugar secreto, como uma insígnia, que me adorna o peito, a que lhe chamarei de ‘FELICIDADE”, por quanto cumpriu o seu encargo, deu vida ao laxo espaço que se estende dentre os anos, que me reduz a solo para que outras flores sejam cultivadas e perfumem outra existência.

Nadja Matoso - Delatora do amor

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