Amor tórpido
Terra que brama as frívolas
embevecidas dos amantes,
árvores que são baluartes de encontros absconsos,
testemunham os disparates que ante o desejo ébrio
se descambam dos lábios convulsionantes.
A ampulheta apressa-se em conceber o tempo,
contra o desejo desenfreado do amor continuo,
pontualidades no aprazimento,
irregularidades sistêmicas,
faces do possuir clandestino.
Céus riscados de ira,
brisas odorizadas de magoas,
sol que arde no calor do ódio,
estrelas que reluzem o torpor das almas.
Ferraz agonia dos amantes,
corrompem o belo em trágico,
corroem os atributos do amor
em ações expugnadas,
roubando o seu âmago mágico.
Contravenção dos que se opõem as leis coerentes,
inflando conceitos hostis,
velando atos improcedentes,
amores que não são sagrados,
auto-condenados...
terminam entre correntes.
Nadja Matoso - Delatora do amor
Mais uma vez uma descarga de puro e plenos sentimentos, visões cruas e verdadeiras... Uma qualidade que há muito, muito lhe é peculiar.
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