sexta-feira, 27 de abril de 2012
Queimar nossa história
Queimar nossa história
Anda!
Não me canse
toma logo tua bagagem,
segue a fora teu caminho,
já não convencem os teus jogos,
já não me iludem teus carinhos
Abri meus olhos após o sonho
e o que vi não foi ilusão,
tu eras apenas um protótipo
do que um dia propus em meu coração
Não o culpo por não ser a peça perfeita,
pra compor o quebra cabeça
nesta receita da emoção,
talvez a peça perfeita seja tão imperfeita
quanto foi minha imaginação
Pintar a vida numa tela,
traçar dias lindos em macramê,
dar formas exuberantes ao barro,
enredar o sonho num livro,
tudo isso é possível fazer
Mas ter o que se almeja,
num ciclo de incertezas,
é lançar sorte sobre a mesa,
é quase impossível acontecer
Então chega de utopia,
de felicidade em grafia,
de chafariz de emoções,
prefiro por um fim
nesta experiência e extinguir
a sofrência de nossos corações,
vou queimar o livro,
só assim eu me livro
das cruéis recordações.
Nadja Matoso - Delatora do amor
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