sábado, 31 de março de 2012

Devaneios



Devaneios


A ventania ousou visitar o valente
que adormeceu ao contemplar o luar
mansa chegou soprando em seus muros
com doces sussurros pra lhe despertar

Quão profundo era o sono que até
com estrondos sua atenção não pôde chamar
adentrou sua janela num filete de luz
penetrou o seu quarto e o fez acordar

Deslizou-se em seu corpo, provocou arrepios
lambeu-lhe a pele, o fez delirar,
lhe cobriu com carícias,
o envolveu em malícias,
entregou-se ao seu corpo até copular

Fez arde-lhe o dorso, consumiu seu esforço
numa intensa entrega, delícia sem par
o valente levantou sua fronte
e tentou contemplar
aquela que ferveu seu desejo e o fez levantar
e erguendo seus olhos, atônito  a viu,
tão sublime e mansa Ventania sutil,
tão carente o deixar...

Nadja Matoso- Delatora do amor

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