sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Rio Tristonho




Quando dantes éreis águas plácidas

afogava-me deleitada em teu leito 

das trevas encobrias meus olhos

a esconder-me em teu peito

agora és trevas que dos meus olhos escondo

das tuas águas turvas esquivo-me 

a nadar fujo da dor que me resta deste rio tristonho

margeando o sufoco do abandono.

Nadja Matoso - Delatora do amor