domingo, 22 de julho de 2012

Inquietude



Inquietude

Quem dera fosse minha grafia
mero desatino,
contos na estante
em nostalgia.

Não fosse o soluço 
que inquieta meu silêncio,
ardor do desejo
consumindo o sossego.

Memórias na pele emanando cheiro,
queimando em desespero ardil,
clamando o ensejo,
aflorando a emoção febril.

Concomitante golpes 
que no peito lateja,
o tempo goteja 
o sufoco do contar de minutos.

Alma aflita, 
boca seca, coração grita,
mãos tremulas, 
o corpo excita....

Desconsolada vaidade
apela a consciência à realidade,
desfecho da verdade,
render-se a 
sanidade...

Nadja Matoso - Delatora do amor

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