Inquietude
mero desatino,
contos na estante
em nostalgia.
Não fosse o soluço
que inquieta meu silêncio,
ardor do desejo
consumindo o sossego.
Memórias na pele emanando cheiro,
queimando em desespero ardil,
clamando o ensejo,
aflorando a emoção febril.
Concomitante golpes
que no peito lateja,
o tempo goteja
o sufoco do contar de minutos.
Alma aflita,
boca seca, coração grita,
mãos tremulas,
o corpo excita....
Desconsolada vaidade
apela a consciência à realidade,
desfecho da verdade,
render-se a
sanidade...
Nadja Matoso - Delatora do amor
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