segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Caricatura do saber


Caricatura do saber

A humanidade insana com o próprio arco, 
a si mesma flechou, orgulho desmedido
cada um, seu "saber" criou 

Declina o homem na sua vaidade,
desfazem dos preceitos de Deus,
renascem da própria vontade,
o homem passa a ser 
o centro em si mesmo,
não conhece o seu interior 
mas quer desvendar a sociedade

Ávidos por conhecimento
caminham errantes de tempo em tempo,
tormentos lhes cercam dia após dia,
cresce a dúvida, angústia, agonia

Guerras, conflitos, balburdias banais
não importa se é verdade ou mito,
já dizia Platão: por detrás da caverna há imagens reais

Homem ferindo homem
se igualam aos animais,
Buscam livrar-se de suas mazelas
e suas crises existenciais 

Buscam o domínio próprio, 
vislumbram a evolução 
com a visão distorcida, 
desenfreados pelo poder,
constroem progressos 
destruindo a vida

Confusa anda,
na busca incessante de uma verdade  
presa fácil, iludida por cegueira,
guiada no obsuro, perdendo a sanidade

O comunismo abre a boca faminto
esperando consumi-la
a espreita do homem desgarrado
que no caminho o pé vacila

Laçados por incerteza 
a desigualdade gera aflição
pela fome que lacera, 
a razão ignoram,
recorrem aos "burgueses"
por um pedaço de pão


Faces da filosofia,
toda a terra contagia
cada um com sua falácia
da "ciência" a fantasia

Desbanalizando o banal 
o ser humano se desvenda, 
nasce do ambiente social
e à humanidade emfim se apresenta.




Nadja Matoso - Delatora do amor 
Participação especial Ingrid Costa, readaptação do poema autoral.