sábado, 23 de abril de 2016
A cara pulsa
A cara pulsa
Eita, treta
pega a preta, atira na capa
fuzila a mentira
a carapuça faz cair
Malandragem, sutileza
véi a vida dá a certeza
que tu colhe o que tu planta aqui
Distorce, narra e simula
vai dando de vítima
e veja a casa ruir
As tuas ideias seguem o precipício
e sem prever, eu arrisco
que já sei qual é o teu fim
Em pele de lobo vagueias
come o pão de quem lhe estende a mão
uma hora a fome lhe partirá as veias
A esperteza é tua companhia
o sofrer,
tua maior mentira
anda, atira
e deixa o bagulho explodir
Se tu não matas o que interfere
a morte chega na esquina
e da tua cara sorri
Se liga maluco
arranca o disfarce de justo
e para um pouco pra refletir.
Nadja Matoso - Delatora o amor
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Leia-me
Leia - me
Não sou como um livro de capa atraente
mas quero que me leias atentamente
não te espantes com minha grafia
tem trechos que são chatos
e virgulas tardias.
Expressões de puro delírio,
e trechos de sonhos e fantasias
me leia com a alma e paciência
pois tenho milhares de reticências
Mas quando me entenderes
e absorver o excepcional
verás que sou palavras impressas
de um ser que nunca silencia o amor
mesmo depois de um ponto final.
Nadja Matoso - Delatora do Amor
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