terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Brevidade



Porque apressar o tempo,
se é numa brevidade que encontramos
o que tanto buscávamos?
O vazio íngreme do coração só é nivelado
por um único ser...
Aquele a quem decidimos
entregar o solo fértil do nosso coração
aquele alguém que chega sem notarmos
e que de assalto rouba nossa atenção
que passa a ser o nosso foco
que desnorteia nossos sentidos
que enlouquece e acalma a nossa alma
na mesma frequência
trazendo um vendaval de sensações que
que nada outrora provocara...
Um querer incontrolável
que inquieta e tira a nossa paz
um turbilhão de emoções que nos faz sentir vivo
nos faz ficar bobos como criança, rindo atoa
e pensar em mil maneiras
de fazer esse alguém feliz
passamos a querer deter o mundo a seu favor
criar situações que lhe arranque sorrisos,
se pudêssemos tomaríamos a sua dor
e a sofreríamos no seu lugar,
desejamos fazer o melhor
dar o melhor
ser o melhor que este alguém pode ter,
tudo que queremos é que sua vida faça sentido
encaixando-se na nossa...
e mesmo que a eternidade não seja nosso caminho
cada minuto ou segundo que podemos compartilhar
torna-se tão eterno quanto é forte, tão bonito quanto é  profundo dentro de nós,
se pudêssemos virar o mundo ao averso para moldar o futuro
faríamos com toda força e motivação
para fazer notório nosso amor pra este alguém
e abriríamos mão de nós pra que tudo nele seja
só alegria e a satisfação de ter encontrado há tempo
quem pudesse extinguir nossa solidão.

Nadja Matoso - Delatora do amor