O amor é um poder inexplicável, ele nos arremete ao alto, e nos dá a graça de conhecer os mistérios da soberania da vida, o amor nos inspira e nos impele a profundidade de nossas almas, nos faz extrair o melhor que podemos ser para ofertar ao ser da nossa projeção, aquilo que faça valer o investimento da entrega do outro, uma força que nos faz cultivar sementes que produzam alimento suficientes para nutrir o sentimento que embeveceu as mentes que se propuseram a aliançar-se com perspectivas mútuas, no afã de consolidar a unidade emocional e posteriormente a unidade física pela qual o amor se estriba. O amor não se contextualiza, ele acontece de forma "irracional" por não levar em conta uma conscientização de tempo, biotipo adequado, idade, etnia, poder aquisitivo, classe social, religião e outros aspectos que promulgam o ser adequado a se conquistar; Não conseguimos rotular e catalogar o amor como um produto e por preço em sua conquista, só poderemos saber de fato o quanto ele é precioso a medida que vamos absorvendo seus valores e somamos as identificações que nos mantem dispostos a continuar mantendo as afinidades que dão fundamento a essa simbiose que motiva e engrandece a vida. Não há contratos que sustente o amor, assim como não há impossibilidades que desvaneça a força de tomar posse do precioso tesouro que encontramos nas marés da vida. O amor é uma gratuidade que oferecemos a quem esta disposto a partilhar conosco, do contrário se não há um aproveitamento do mesmo ele já não poderá manter-se uma vez que só há vida com a fecundação.
Nadja Matoso - Delatora do amor
