sábado, 15 de setembro de 2012

PRO FUNDO




E no  fundo do poço pude ouvir o meu coração,
percebi o quanto era confortável a minha própria companhia,
enquanto esperava por salvarem-me da calamitosa situação
misturava-me com a silenciosa harmonia

Fundiu-se meu pranto com o alento
confortou-me a solidão que
no chão vertia o lamento
livrou min'alma da rispidez dos pensamentos
levou as dores em redemoinho o vento...

Fundo do poço 
secou as lagrimas do meu sofrimento
eu só lamento
não ter caído na hora exata
não ter coincidido
o oportuno momento...

Voltasse eu ao caminho, 
revesse os fatos e intentos
retomasse as rédeas da vida
mudasse o rumo presumo, total livramento. 


Nadja Matoso - Delatora do amor