domingo, 26 de agosto de 2012

O jardim







O jardim

Ponte entre mim e o destino
entendeu-se sobre o abismo da solidão 
vou percorre-la até transpor
o que se opõe a mim 
em tua direção

Não vamos a jardins só colher flores,
vamos observá-las também,
sentir o perfume e
a leveza de sua pétalas,
a diversidade de suas formas,
machucá-las não me convém 

Então, cruzar irei a imensidão 
até do outro lado poder deleitar 
o que tem preparado pra mim, 
o jardim desconhecido, adormecido, 
despertado por meus passos
ao encontro do seu coração

E  a leveza se fará escrava 
de nossos consumos, 
de nossos intentos,  
e a maciez das pétalas 
serão satisfação,
a diversidade acompanhará
nossos desejos
regando o amor 
em cada estação.

Nadja Matoso - Delatora do amor

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Doce Veneno



Doce veneno


Mente que brilha
no labirinto do instinto
norteando o vício
oficio provedor...
Resgata do abismo
o desejo perdido,
incorpora o atino,
contuso, distorcido,
desprovido pudor...
Borbulha de amor
fervendo seus sentires
em taças de emoções,
indecência mascarada,
introduzida e degustada
em lábios famintos de ilusões,
Mulher frasco pequeno
do mais forte veneno,
faz o homem gemer
sem sentir dor...
Mata sem armas,
vivifica com prazeres,
sucede a desgraça,
morre de amor.


Nadja Matoso - Delatora do amor

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Solitude



Solitude

Eleva-me ao cume do monte do silêncio
onde só eu e o tempo possamos comunicar...
Rajadas de vento correndo sobre minha pele
batendo com ímpeto sem dores causar

O mar a frente
imensidão tangível ao sonhar,
submergir nas profundezas destemido,
arrisco, a realidade não tornar...

O céu traz a insana sensação
de não pertencer a um espaço ínfimo,
mas de ser detentor do infinito,
infindo querer do intimo...

O sol me faz companhia,
aquece o meu coração
trazendo o consolo de sua presença
nos dias frios da solidão...

Nadja Matoso- Delatora do amor